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Blogdopa | Moradores de prédio desabado no DF têm hospedagem em hotel prorrogada

Em nota divulgada pelo proprietário do edifício, neste domingo (9/1), ele também alega que empresa contratada vai monitorar prédios vizinhos.

O responsável pelo prédio que desabou na última quinta-feira (6/1), em Taguatinga Sul, divulgou um novo comunicado, na tarde deste domingo (9/1), para informar que prorrogou o prazo de permanência das famílias que residam no edifício, para que fiquem nos hotéis custeados por ele, até a próxima quarta-feira (12/1).

“Depois deste prazo, será feita nova avaliação para as próximas providências”, diz o texto.

Ainda segundo o texto, encaminhado pela Proativa Comunicação sem a identificação do proprietário, nesta segunda-feira (10/1), vence o prazo da Defesa Civil do Distrito Federal para posicionar quanto ao grau de estabilidade do prédio, o que permitirá garantir a segurança necessária para a retirada dos pertences dos moradores.

De acordo com a nota, a empresa particular de topografia contratada para estudar e monitorar a estabilidade da edificação, também passou a monitorar as edificações vizinhas, subsidiando os envolvidos de informações quantos aos possíveis riscos, a partir do sinistro.

Leia a íntegra do texto:

“Atualizando as informações acerca do ocorrido com o prédio que teve parte de sua estrutura comprometida, na QSE Área Especial 20, lote 19, em Taguatinga Sul, vimos informar que:

– Foi prorrogado o prazo de permanência das famílias nos hotéis custeados pelo proprietário do prédio até quarta-feira, dia 12 de janeiro.

Depois deste prazo, será feita nova avaliação para as próximas providências;

– Amanhã, dia 10, vence o prazo da Defesa Civil para posicionar quanto ao grau de estabilidade do prédio, o que permitirá garantir a segurança necessária para a retirada dos pertences dos moradores;

– A empresa de topografia, contratada pelo proprietário, que realiza, desde sexta-feira, estudo e monitoramento da estabilidade do prédio, também passou a monitorar as edificações vizinhas, subsidiando os envolvidos de informações quantos aos possíveis riscos, a partir do sinistro;

– Até o momento, segundo a equipe técnica que monitora o local, o prédio sofreu, desde então, apenas 1cm de movimentação – o que eles consideram um dado que distancia a possibilidade de desabamento a curto prazo;

– Se a situação permanecer estável, uma empresa especializada será contrata pelo proprietário para a retirada dos pertences das famílias, em condições seguras.

Mais uma vez, informamos que o proprietário segue prestando as informações necessárias para a condução das investigações, tomando as medidas cabíveis para minimizar os impactos do ocorrido, bem como atento às necessidades de apoio às famílias impactadas pelo acidente.

proprietário do prédio de cinco pavimentos e quatro andares localizado na QSE Área Especial 20, Lote 20, em Taguatinga Sul, se chama Edilson Albuquerque.

Por meio da assessoria de comunicação, o empresário afirmou que não dará entrevistas sobre o episódio.

Avaliação

Até segunda-feira (10/1), ninguém está autorizado a entrar no edifício. Os engenheiros responsáveis pelo monitoramento farão uma avaliação comparativa ao longo do período de 72h para então divulgar qual será a decisão.

Segundo o tenente-coronel Deusdete Vieira, o trabalho será de “comparação”. “Foram tiradas ontem, vamos tirar fotos hoje, também iremos tirar fotos amanhã para que os engenheiros possam ter embasamento para saber qual será nosso trabalho a partir de segunda-feira (10/1)”, explica. “A ideia é que um conjunto de engenheiros façam essa avaliação (de quais serão os próximos passos), com ajuda da Novacap inclusive.

É um trabalho criterioso para nos fornecer a tomada de decisão”, pontua.

“Nós (da Defesa Civil) estamos perguntando para os moradores o que eles tem de mais importante dentro das residências para que na segunda-feira (após completar o período de 72h), se os engenheiros nos permitirem, as guarnições de bombeiros entrem e façam retirada desses materiais”, detalha.

Um engenheiro da Defesa Civil, tenente-coronel Rossano Bonerth, aponta que o trabalho de medição estrutural do prédio, localizado na QSE Área Especial 20, em Taguatinga, em conjunto com os topógrafos da Novacap será muito mais preciso. “Nós vamos medir o posicionamento desse prédio.

Sua inclinação, localização e dimensões. É um trabalho muito mais preciso”, complementa.

Por meio de nota divulgada nessa sexta-feira (7/1), o dono do imóvel, Edilson Albuquerque, lamentou a tragédia, mas não fez comentário algum sobre a situação irregular do edifício, que não tem Habite-se e alvará. Segundo moradores, o valor do aluguel no prédio variava entre R$ 750 e R$ 1,2 mil.

Sem alvará

O prédio não tinha alvará de construção ou carta de Habite-se, ou seja, era irregular.

A informação foi confirmada pelo Governo do Distrito Federal. Ainda segundo o GDF, a obra não foi autorizada pela Central de Aprovação de Projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e sequer houve solicitação de licenciamento para o projeto.

“Morreu a esperança da gente”, afirma moradora de prédio que desabou.

Já a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) informou que o único registro encontrado de ações fiscais no local trata-se de uma notificação por descarte irregular de resíduos.

Trabalho continua

Segundo o administrador de Taguatinga, Bispo Renato, as forças de segurança do GDF continuarão trabalhando em apoio às vítimas. “Nós vamos contar com a colaboração da população inclusive com alimentos”, espera.

Os postos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e da Defesa Civil servirão de ponto de apoio a fim de recolher doações para os moradores.

Além disso, uma das moradoras disponibilizou o endereço QSE 7 casa 35, rua do CEF 10, em Taguatinga, para receber doações. Pelo PIX (61) 98408-6817 (celular) também é possível ajudar.

Blogdopa e os previlegios do CBMDF.

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