O Distrito Federal (DF) registrou um aumento impressionante de 10.000% na frota de veículos elétricos, passando de 154 em 2020 para 14.715 em agosto de 2025, conforme dados do Departamento de Trânsito (Detran-DF) . Esse crescimento tem gerado preocupações sobre a capacidade da infraestrutura elétrica local em suportar a demanda adicional, especialmente em regiões como Noroeste, Sudoeste, Asa Norte e Asa Sul, onde as subestações já operam próximas ao limite de sua capacidade.

Especialistas alertam que o carregamento simultâneo de veículos elétricos pode sobrecarregar o sistema, uma vez que os carregadores consomem entre 3.500 e 22.000 watts. O engenheiro eletricista Luciano Duque destaca que, se 35% da população de uma região optar por veículos elétricos, a infraestrutura atual pode não ser suficiente, resultando em apagões. Ele defende a necessidade urgente de redimensionamento das subestações e redes elétricas para atender a essa nova demanda .
Por outro lado, representantes da Neoenergia Brasília e da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos e Inovadores (ABRAVEi) minimizam as preocupações, afirmando que a infraestrutura elétrica do DF tem capacidade para suportar o crescimento da frota elétrica. Além disso, destacam o uso crescente de energia solar fotovoltaica pelos proprietários de veículos elétricos, o que ajuda a aliviar a carga na rede elétrica convencional .
Para enfrentar esses desafios, o governo do DF está implementando medidas como a ampliação da frota de ônibus elétricos e a criação de linhas de crédito para taxistas adquirirem veículos elétricos, visando modernizar o transporte público e incentivar a adoção de tecnologias mais sustentáveis .
O crescimento da frota elétrica no DF é um reflexo da tendência global de transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Contudo, é essencial que o planejamento urbano e a infraestrutura elétrica acompanhem esse avanço para garantir a eficiência e a segurança no fornecimento de energia à população.

