No último sábado (30), o rapper Gustavo da Hungria Neves, conhecido como Hungria, retornou a Ceilândia e atraiu um público de 15 mil pessoas no Sesc + Rap 2025. O evento marcou um recorde de público e entrou para a história da cidade, reunindo diferentes gerações em uma celebração da música, da memória e da cultura da periferia.
Não foi apenas um show, mas um abraço entre passado e presente: o menino de Ceilândia que sonhava nos becos se reencontrou com o artista consagrado que o Brasil aprendeu a admirar. Em cada verso, Hungria derramou sua alma, lembrando da mãe, da irmã, dos amigos de infância e do inesquecível DJ Jamaica, guia eterno de sua trajetória. A plateia, em silêncio ou em coro, acompanhava essa travessia no tempo — como quem abre um álbum de fotografias que respiram.
O Sesc-DF, sob a liderança do diretor regional Valcides de Araújo e do presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido, foi peça fundamental para a realização do encontro histórico em Ceilândia.
Em discurso, José Aparecido ressaltou a dimensão do evento e a satisfação da instituição em promover a celebração: “Hungria está feliz de estar em sua cidade natal, e nós estamos ainda mais felizes por oferecer uma festa marcada pela paz e pela alegria”. Ele também destacou o trabalho das equipes do Sesc e o apoio de conselheiros, diretores e sindicatos, que contribuíram para o sucesso da iniciativa.
“O Sesc + Rap 2025 foi mais que entretenimento: uniu gerações pela música, aproximou famílias pela cultura e trouxe de volta a Ceilândia um de seus maiores talentos”, afirmou o diretor regional do Sesc-DF, Valcides de Araújo.
Tomado pela emoção, Hungria transformou sua apresentação em uma verdadeira declaração de amor à cidade que o viu nascer.
“Voltar aqui é como respirar de novo, recarregar minhas energias e sentir o amor de vocês de perto. Cada rosto na plateia carrega um pedaço da minha história. Não troco por duas Miami ou Paris a metade da minha Ceilândia”, disse o cantor, arrancando aplausos e lágrimas de um público que se reconheceu em cada palavra.
O festival, com entrada gratuita mediante doação de alimentos, não apenas marcou o retorno de Hungria ao coração da comunidade, mas também celebrou talentos como Lyndon, MC Marechal, Isa Marques, Puro Suco e Nanah Be. Entre as apresentações, a DJ J4K3 manteve a energia da plateia em alta, transformando o estacionamento do Sesc Ceilândia em um verdadeiro palco de celebração, inclusão e pertencimento, reafirmando a força da cultura local.
“A noite se despediu após muitas emoções, com festa, memória e poesia. Foi um marco para Ceilândia, um presente para Brasília, e a prova de que a cultura não apenas ocupa espaços, mas ilumina almas e o coração.
