O pré-candidato a distrital Salve Jorge desponta como um dos nomes mais fortes na disputa pela representação do Paranoá, Itapoã e região. O político, que já concorreu ao cargo por três vezes, por pouco não foi eleito, ficando à beira da vitória. Em 2018, apesar de conquistar quase 11 mil votos, Jorge não assumiu a vaga devido a escolhas partidárias que não favoreceram sua eleição — reflexo direto do quociente eleitoral, a chamada fórmula mágica para eleger candidatos de bairro, principalmente aqueles sem grandes recursos financeiros ou sem o apoio de empresários.
Ao optar por uma legenda com menos poder de fogo, Jorge privilegiou a liberdade e a militância, mas acabou sacrificando as condições reais de disputa. Caso tivesse escolhido um partido com uma chapa competitiva, a legenda poderia ter feito votos suficientes para garantir não apenas a sua eleição, mas também a de um segundo nome.
Já em 2022, Jorge esteve no centro das atenções da mídia, figurando em jornais, redes de televisão e portais de notícias. No entanto, mesmo com toda a visibilidade, não conseguiu capitalizar a audiência em seu favor. Em um cenário onde o Brasil elegia Lula — e o clima político favorecia candidatos populares e de origem periférica — qualquer político que soubesse surfar na onda teria grandes chances de vitória. Entretanto, Jorge e sua equipe acabaram intimidados pelas campanhas difamatórias e perseguições da grande mídia, deixando escapar uma oportunidade histórica.
Nos bastidores, Jorge tem se movimentado para unificar os pré-candidatos da cidade em torno de um projeto coletivo, com o objetivo de enfrentar o poder econômico dos candidatos milionários e forasteiros. A aposta na união da política local pode ser a estratégia que faltava para, enfim, mudar o PT rumo da história política do Paranoá.
O jogo está sendo jogado. Agora, resta saber se Salve Jorge ressurgirá como a fênix da política regional ou se o destino lhe reservará mais uma vez o papel de coadjuvante.