As mercadorias eram, na sua maioria, vendidas em comércios legalizados em diversas regiões administrativas do DF e entorno
As mercadorias eram, na sua maioria, vendidas em comércios legalizados em diversas regiões administrativas do DF e entorno. As prisões são consequência de desdobramentos da operação Celare, deflagrada no início de 2020, resultando na prisão de 15 pessoas e diversas buscas domiciliares.
O grupo agia com extrema violência e usava armas de fogo e aparelho bloqueador de sinal para dificultar qualquer tipo de localização da carga e do caminhão através do GPS. Um dos crimes identificados pela delinquência estruturada foi um roubo de carga de uma empresa fabricante de cervejas e refrigerantes, ocorrido no dia 24/08/2019, na Via EPIA, próximo ao Park Shopping/DF, avaliada em R$ 39.958,47. Medidas judiciais foram solicitadas, o que confirmou o crime.
O grupo atuava de forma estável e permanente e a divisão de tarefas dos criminosos era bem definida. O chefe da organização participava dos roubos, revendas, contratação de terceiros para descarregar/carregar as cargas e divisão dos lucros. Ao final, comprava diversos bens com o proveito do crime. Os outros comparsas ajudavam o chefe do grupo a realizar locações de galpões, identificação de receptadores e transporte. O grupo foi responsável, no mínimo, por nove crimes de roubo, receptação e uma tentativa de homicídio.
Segundo o delegado responsável pela Divisão, Elianto Couto, “um dos presos alegou que havia alugado um depósito com finalidade de abater porcos e fazer linguiça artesanal. Entretanto, cedeu o depósito, em três oportunidades, para que o grupo criminoso armazenasse mercadorias, produto de crime.
Numa dessas oportunidades foi ocultada uma carga de cerveja (100 caixas)”. O grupo responderá por roubo praticado por duas ou mais pessoas com emprego de arma de fogo e restrição de liberdade da vítima. As penas podem ultrapassar 10 anos de reclusão.