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Blogdopa | O que diz psicanalista: ‘A raiz da depressão é o medo da ansiedade’,

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O especialista falou sobre como o medo e a pressão por produtividade agravam quadros de ansiedade e depressão. Ele reforçou a importância do apoio familiar e do ambiente de trabalho saudável

O psicanalista, escritor e professor Cleisson Nunes foi o convidado de um Podcast, desta segunda-feira (11/8) para falar sobre o lançamento do livro A raiz da depressão: o medo da ansiedade. A conversa foi conduzida pelos jornalistas Mariana Niederauer e José Carlos Vieira.

A obra defende que a origem da depressão está no medo, da crítica, da rejeição, da ausência de oportunidades para ser feliz, de não ser produtivo, reconhecido, querido ou amado. A depressão é uma condição grave, que muitas vezes surge quando a pessoa se sente oprimida pelo mundo.

Cleisson explicou a importância de escrever sobre um tema tão presente na atualidade. “A depressão tem várias raízes. No livro, mostro que a raiz é o medo da ansiedade, porque hoje muita gente teme a própria ansiedade. Existe o medo e existe a ansiedade, mas o medo da ansiedade é ainda pior e isso leva à depressão. Logo após a pandemia, comecei a pesquisar casos antigos, desde o século passado, e percebi que, naquela época, já havia sinais. Depois da pandemia, a situação piorou: o medo aumentou, a ansiedade também, e a solidão contribuiu para esse cenário”, detalhou.

O autor disse que buscou escrever de forma acessível, sem termos técnicos, para que qualquer pessoa pudesse compreender. “Quis fazer um livro para pessoas comuns, que buscam soluções para suas vidas. Muitas já passaram por isso ou estão passando. É uma coletânea de casos atendidos na clínica”, disse.

Segundo Nunes, muitas pessoas aparentam estar bem, mas escondem um sofrimento profundo. “Tem gente que está deprimida, mas usa uma máscara. Por fora, mostra um sorriso e diz que está tudo bem. Só quando se pergunta de verdade é que se abre. A maioria não aceita a doença e prefere esconder.”

Ele ressaltou que o apoio familiar é fundamental. “Os familiares são os primeiros a notar mudanças de comportamento. Esse é o momento de não afastar, mas de trazer para perto, conversar e perguntar o que está acontecendo,  sem cobranças, mas com a intenção de ajudar. Caso contrário, a pessoa pode buscar refúgio em vícios ou outros meios prejudiciais. A consciência da família é essencial para evitar o agravamento”, alertou.

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