O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro é uma “vingança política”. Mourão sugere que o processo não se trata apenas de questões jurídicas, mas de motivação política contra Bolsonaro.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcado para amanhã (2.set.2025) pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Em suas redes sociais, Mourão afirmou que o processo representa “o ocaso de uma vingança política” e que divergências ideológicas estão sendo tratadas como crimes. Ele também alertou para o risco de enfraquecimento da democracia e defendeu uma “anistia ampla” para Bolsonaro e seus aliados, visando à pacificação nacional.
O julgamento envolve Bolsonaro e outros sete réus, incluindo ex-ministros e militares, acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. As penas podem variar de 12 a 43 anos de prisão, com possibilidade de cumprimento em regime especial para o ex-presidente.
Mourão, que foi vice-presidente de Bolsonaro, também sugeriu que, caso tivesse sido o candidato a vice em 2022, o ex-presidente teria sido reeleito. Ele afirmou que, se a chapa tivesse vencido, “nada teria acontecido” em relação aos processos judiciais contra Bolsonaro.
A crítica de Mourão se soma a outras manifestações de aliados de Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que chamou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de “ilegal e paranoica”.
O julgamento ocorre em um momento de tensão política, com expectativas de que uma possível condenação possa aprofundar a polarização no país. Por outro lado, alguns analistas sugerem que o fim do processo poderia representar uma oportunidade para reformas institucionais e superação da polarização.