A madrugada de terça-feira (28/10) marcou o início da Operação Contenção, a maior ofensiva policial já realizada no Rio de Janeiro. 2,5 mil policiais civis e militares cumpriram mandados contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, resultando em 119 mortos — incluindo quatro policiais — e 113 presos, segundo balanço oficial.
Confrontos e uso de tecnologia inédita
Durante 24 horas, as forças de segurança enfrentaram tiroteios, explosões e drones adaptados para lançar granadas, um recurso inédito em operações desse porte no estado. Além disso, foram apreendidas 118 armas, 14 artefatos explosivos, munições e toneladas de drogas.
Estratégia de deslocamento para áreas de mata
A Polícia Civil afirmou que o plano buscava transferir os confrontos para áreas de mata da Serra da Misericórdia, diminuindo riscos a moradores. A ação resultou, no entanto, em combates prolongados e um número elevado de mortos em regiões de difícil acesso. Moradores retiraram os corpos da mata e os levaram à Praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, onde foram enfileirados em sacos pretos para reconhecimento, apresentando ferimentos por tiros e armas brancas.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, descreveu a operação como “o maior baque da história do Comando Vermelho” e afirmou que todos os mortos eram integrantes armados da facção, planejando evitar vítimas inocentes. Por outro lado, moradores e organizações de direitos humanos denunciaram excessos e pedem investigações independentes sobre possíveis execuções.






