Polícia Civil do DF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em cidades do nordeste nesta sexta-feira (8/11)
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga uma quadrilha que cometeu fraudes e aplicou golpes virtuais utilizando nomes de autoridades públicas de importantes escritórios de advocacia da capital federal.
O Portal confirmou que uma das vítimas é o governador Ibaneis Rocha. O nome do escritório dele foi usado pelos criminosos para dar golpes.
Na manhã desta sexta-feira (8/11), 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Brasília, estão sendo cumpridos em Fortaleza e Recife.
Nas buscas de hoje, os policiais estão colhendo documentos e outras provas para conclusão do inquérito.
Há cerca de sete meses a Polícia recebeu uma denúncia e começou a apurar o caso.
A investigação aponta que as vítimas eram induzidas a transferir dinheiro para uma pessoa física para apuração de alvarás e recebimento de valores atribuídos a ações judiciais.
Para dar maior credibilidade, os golpistas usavam números reais de processos e diziam que eram os advogados titulares das causas.
Em agosto, a página do escritório do governador Ibaneis Rocha chegou a emitir um alerta informando que não pede depósitos para verificar precatórios.
Seis integrantes do grupo criminoso foram identificados pela Polícia Civil e devem responder por falsa identidade, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, eles poderão cumprir penas superiores a 20 anos de reclusão.
A Operação Fallere foi deflagrada nas primeiras horas desta sexta-feira (8), por equipes compostas por policiais e delegados da 5ª DP, com o apoio das Polícias Civis de Pernambuco e Ceará.
Transferência por servidora pública, vejam:
Uma servidora pública do Distrito Federal está entre as vítimas de um grupo especializado em cometer golpes de falsos advogados.
Ela chegou a transferir R$ 9 mil aos golpistas, por acreditar que receberia dinheiro de uma ação judicial por meio do escritório do governador Ibaneis Rocha (MDB), alvo dos criminosos.
O esquema foi desarticulado por meio da Operação Fallere, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta sexta-feira (8/11).
As investigações revelaram que a quadrilha usava o nome de autoridades de alto escalão e de grandes escritórios de advocacia para dar golpes nas vítimas.
As apurações começaram a partir das informações de que a cliente do escritório de advocacia de Ibaneis havia transferido dinheiro para um falso advogado, o qual se apresentou como um dos sócios da empresa.
As vítimas eram induzidas a transferir dinheiro para a conta de uma pessoa física, para pagamento de “custas” do levantamento de alvarás e do recebimento de valores disponíveis, supostamente decorrentes de vitórias em ações judiciais.
Para dar mais credibilidade ao pedido às vítimas, os estelionatários usavam números de processos reais. Eles entravam em contato com elas por meio de mensagens no WhatsApp e ainda se apresentavam com nome – e foto de perfil – dos verdadeiros advogados dos clientes dos escritórios.
A PCDF descobriu que os criminosos tentaram aplicar o golpe em mais de cinco clientes do escritório do governador. Até o momento, porém, a informação é de que apenas essa servidora pública fez transferências para o falso advogado.
O delegado-adjunto da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), Bruno Dias, detalhou que a vítima chegou a fazer três transferências bancárias, que totalizaram R$ 9 mil, para a conta de uma pessoa jurídica, em abril último.
Os investigadores também verificaram que um dos alvos da operação recebia os valores transferidos pelos clientes dos escritórios dentro de uma penitenciária em Recife (PE). “Esse indivíduo especificamente, que está preso, repassava os valores para outras contas. Ele era a ligação entre as vítimas e os demais golpistas”, detalhou o delegado.
Os previlegios da PCDF
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