A espera por uma cirurgia pode ser longa e angustiante, especialmente para quem vê nesse procedimento a esperança de recuperar a saúde. Para mudar esse cenário, o Governo do Distrito Federal (GDF) criou o Opera DF, programa voltado a agilizar cirurgias eletivas e melhorar o atendimento aos pacientes da rede pública.
A iniciativa amplia o acesso a procedimentos de pequena e média complexidade por meio da rede privada credenciada, o que permite reduzir o tempo de espera e concentrar os hospitais públicos nos casos de maior gravidade.
Atualmente, os prontos-socorros do DF enfrentam alta demanda, sobretudo nos atendimentos a vítimas de trauma. No pronto-socorro de Ceilândia, por exemplo, pacientes com esse tipo de ocorrência chegam a todo momento, competindo por espaço nos centros cirúrgicos com as cirurgias eletivas — o que aumenta o tempo de espera.
Como parte da estratégia, o GDF iniciou uma força-tarefa para realizar 15 mil procedimentos em um ano e firmou parcerias com três empresas de anestesia e sete hospitais particulares, autorizados a executar mais de 15 mil cirurgias.
Ao todo, a meta do Opera DF é alcançar 19.958 procedimentos ao longo de 12 meses, contemplando especialidades incluídas nos cinco editais já lançados.
Com o programa, o governo pretende desafogar os hospitais públicos, reduzir as filas e acelerar o atendimento, garantindo que nenhum paciente fique esperando indefinidamente por uma cirurgia.
O programa garante atendimento completo, que inclui consultas pré e pós-operatórias, exames laboratoriais e de imagem, avaliação de risco cirúrgico, consulta pré-anestésica e o próprio procedimento cirúrgico. Além disso, o sistema simplifica o agendamento e o acompanhamento das cirurgias, assegurando que todas as etapas sigam os padrões de qualidade da Secretaria de Saúde.
Com o Opera DF, os pacientes contam com avaliações médicas integradas e mais autonomia para escolher o momento ideal do procedimento, conforme recomendação clínica e disponibilidade pessoal.
Despressurização dos hospitais públicos
Para reduzir as filas e dar mais agilidade ao sistema, o GDF passou a direcionar à rede privada credenciada as cirurgias de menor complexidade, como procedimentos vasculares (varizes), colecistectomias (vesícula), hernioplastias (hérnia), oftalmológicas (catarata, vitrectomia), além de intervenções de cabeça e pescoço e urológicas, incluindo vasectomias e remoção de cálculos.
A estratégia contribui para otimizar o fluxo de pacientes e garantir que todos os casos sejam atendidos conforme os critérios do Complexo Regulador do Distrito Federal.
Novos editais estão em andamento para ampliar o alcance do programa, contemplando especialidades como coloproctologia, ginecologia, obstetrícia e otorrinolaringologia, com destaque para cirurgias como amigdalectomias e adenoidectomias.
Rede complementar e anestesistas
Para fortalecer ainda mais a execução das cirurgias, a Secretaria de Saúde publicou um edital de credenciamento para anestesistas, prevendo a realização de mais de 10,8 mil turnos de seis horas ao longo do próximo ano.
Duas empresas foram contratadas para prestar o serviço: uma ofertará 6,4 mil horas de plantão, e a outra, 4,3 mil horas. Ambas atuarão no suporte aos procedimentos cirúrgicos eletivos.
A prestação dos serviços será distribuída entre 10 hospitais regionais: Materno Infantil de Brasília (Hmib) e os hospitais regionais de Taguatinga, Gama, Samambaia, Ceilândia, Brazlândia, Região Leste, Sobradinho, Planaltina e Asa Norte (Hran).
Essa parceria entre o setor público e o privado busca agilizar o acesso à saúde pública de qualidade, oferecendo mais conforto, previsibilidade e segurança ao cidadão durante todo o processo cirúrgico.
Com o Opera DF, o Governo do Distrito Federal reforça seu compromisso de tornar o acesso às cirurgias eletivas mais rápido e eficiente, cuidando da população com planejamento e respeito ao tempo de cada paciente.
Em caso de dúvidas ou emergências, o cidadão pode entrar em contato pelo número 192.
