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Blogdopa | Feminicídio: “Violência e afeto não Caminham juntos”, diz chefe do MPDFT

O MPDFT lança, nesta sexta-feira (24/5), a campanha “Violência contra a mulher não é normal – abra os olhos, sua atitude pode mudar o final”

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) lança, nesta sexta-feira (24/5), a campanha “Violência contra a mulher não é normal – abra os olhos, sua atitude pode mudar o final”, em parceria com a dupla de rap Tribo da Periferia.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) lança, nesta sexta-feira (24/5), a campanha “Violência contra a mulher não é normal – abra os olhos, sua atitude pode mudar o final”, em parceria com a dupla de rap Tribo da Periferia.

O músico Luiz Fernando Correia da Silva, mais conhecido como Duckjay, compôs a música-tema da campanha, que será lançada em um videoclipe nos canais da Tribo da Periferia, às 11h.

O procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Georges Seigneur, e a coordenadora da Comissão de Prevenção e Combate ao Feminicídio do MPDFT, promotora de Justiça Fabiana Costa, falaram, em entrevista a portais, sobre as ações que podem ajudar a evitar o feminicídio e as particularidades que tornam esse crime difícil de ser combatido.

“Não faltam campanhas sobre prevenção [ao feminicídio] e combate à violência contra a mulher. Mas a cultura chega nas pessoas de outra forma, porque estamos falando de um tema muito sensível, estamos falando de relações interpessoais, de afeto, de um marido, de um ex-companheiro”, disse Fabiana.

A coordenadora da Comissão de Prevenção e Combate ao Feminicídio do MPDFT disse que a maioria das mulheres assassinadas não pediu socorro antes, apesar de já ser vítima de violência.

A coordenadora enfatizou a necessidade se denunciar os casos de agressão para que as autoridades possam agir a tempo e evitar a morte da mulher. O DF registrou 34 casos de feminicídio em 2023, o que representa uma taxa de 2,3 mortes por 100 mil mulheres, a 3ª maior do país no período.

 

“Na maior parte das vezes, as mulheres que são assassinadas não procuraram ajuda. Ou seja, elas já eram violentadas, elas já sofriam agressões, mas elas nunca registraram ocorrência, nunca procuraram uma Vara de Violência Doméstica, nunca procuraram uma Promotoria de Justiça. É um número muito expressivo”, explicou Fabiana.

Diante do crescimento dos casos de feminicídio, a Comissão de Prevenção e Combate ao Feminicídio do MPDFT criou o projeto Caliandra com o objetivo de monitorar as situações que apresentam maior risco de morte, na Promotoria do Recanto das Emas. “Como fazer um monitoramento. melhor dessas mulheres que procuram o sistema de justiça e, depois, pedem revogação de uma medida protetiva? Como é que nós vamos monitorar esses casos? E daí criamos o projeto Caliandra”, contou Fabiana.

O procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Georges Seigneur, disse que o acolhimento da vítima de violência doméstica é essencial para evitar a reincidência e o feminicídio. “Quando a gente fala de feminicídio, a gente fala de crime, muitas das vezes, em que tem envolvendo de pessoas que têm relaciomento. Isso cria barreiras e dificulta para que a vítima procure o sistema de justiça como um todo”, pontuou.

Seigneur enfatizou que a sociedade não pode naturalizar as situações de violência. “A gente não tem como imaginar que violência e afeto andem em comum. Isso é inadmissível”, destacou.

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