Em entrevista à Rádio Atividade FM, parlamentar destaca casos recentes envolvendo menores e defende mais psicólogos nas escolas e fortalecimento do núcleo familiar
Eduardo Pedrosa defende mais psicólogos nas escolas e fortalecimento do núcleo familiar para combater criminalidade juvenil
O deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil) foi o entrevistado do programa Rota Atividade, da Rádio Atividade FM (107,1). Durante a conversa com o jornalista Sandro Gianelli, o parlamentar demonstrou preocupação com o aumento da violência praticada por adolescentes no Distrito Federal. Ele citou dois casos recentes que chocaram a população: o assassinato do jovem Isaac de Moraes, de 16 anos, e o do policial penal Henrique, morto ao tentar se defender de uma tentativa de latrocínio.
Pedrosa destacou a necessidade de enfrentar o problema em sua origem.
“A gente precisa tentar entender o que está passando na cabeça desses meninos para que a gente possa, de alguma forma, trabalhar na base do problema também”, afirmou.
Para o deputado, é essencial investir na estruturação do núcleo familiar, especialmente em comunidades vulneráveis, além de ampliar a presença de psicólogos nas escolas.
Durante a entrevista, o parlamentar também defendeu seu projeto que proíbe o uso de recursos públicos em shows que incentivem o crime organizado.
“Não somos contra nenhum movimento — movimento do rap, de forma alguma, eu respeito muito. Mas eu acho que aquilo que transcende, que passa um pouco desse ponto, não pode receber recurso público”, declarou, lamentando as críticas que recebeu pela proposta.
Ao comentar o caso de um jovem do Rio de Janeiro com dezenas de passagens pela polícia, Pedrosa apontou a impunidade como um dos principais males do país.
“Será que esse menino que está voltando pra rua está passando que recado para a sociedade? Que pode fazer o que quiser que está tudo certo?”, questionou.
Ele também criticou o Congresso Nacional por não tratar a segurança pública como prioridade.
Pedrosa encerrou o bate-papo pedindo mais efetividade dos políticos e menos marketing pessoal.
“Eu sinto que hoje tem muita fala, muita briga, muita discussão, e as ações na prática não estão acontecendo. As pessoas continuam sofrendo com os mesmos problemas e os anos vão passando. A gente precisa cobrar da política que ela entregue mais — menos discurso e mais resultado.”
