Frequentadores de bares no Distrito Federal (DF) estão expressando crescente preocupação com o risco de intoxicação por metanol, substância tóxica que pode ser fatal quando ingerida. A apreensão aumentou após a internação do rapper Hungria Hip Hop, que apresentou sintomas compatíveis com envenenamento por metanol, como dor de cabeça, náuseas, turvação visual e acidose metabólica.
Embora a Polícia Civil do DF tenha descartado a presença de metanol nas bebidas consumidas por Hungria, o caso gerou alerta entre os consumidores. Em resposta, alguns frequentadores estão adotando medidas preventivas, como evitar bebidas destiladas e optar por chopes em vez de cervejas enlatadas, temendo a origem e a qualidade das bebidas oferecidas nos estabelecimentos.
A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) reforçou as fiscalizações em bares, quiosques e distribuidoras, embora ainda não haja casos confirmados de intoxicação por metanol na região. A pasta orienta a população a verificar a procedência das bebidas e a denunciar estabelecimentos clandestinos.
Em nível nacional, o Ministério da Saúde registrou 127 casos suspeitos de intoxicação por metanol, com 11 confirmações laboratoriais e pelo menos cinco mortes associadas. A maioria dos casos está concentrada em São Paulo, mas também há registros em Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul e no DF.
Especialistas alertam que a ingestão de metanol pode causar efeitos graves, como perda de visão, insuficiência renal e até a morte, mesmo em pequenas quantidades. Os sintomas iniciais incluem dor abdominal, vômitos e alterações na visão, que podem evoluir para cegueira irreversível se não tratados adequadamente.
Em resposta à crise, alguns bares e clubes no DF optaram por suspender temporariamente a venda de destilados, buscando garantir a segurança dos clientes e preservar a confiança do público.
